"Não é verdade que Cuba tenha interferido ou tentado interferir nas eleições norte-americanas", escreveu, na rede social Twitter, Carlos Fernandez de Cossio, diretor do departamento dos EUA no Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano.
"O próprio governo dos EUA confirma isto, face às calúnias difundidas neste país para fins de propaganda e difamação", acrescentou.
No relatório dos departamentos de Justiça e Segurança Interna, divulgado na terça-feira, os autores referem, sem o nomear, as alegações de Donald Trump e dos seus apoiantes para contestar a vitória presidencial do democrata Joe Biden.
"Estamos conscientes das declarações públicas de que governos estrangeiros, incluindo a Venezuela, Cuba ou China, ... manipularam a contagem através do seu controlo das infraestruturas eleitorais", escreveram.
"As investigações têm demonstrado que não são credíveis", acrescentaram.
O relatório, que cita tentativas de interferência russas, chinesas e iranianas, conclui, contudo, que nenhum país estrangeiro conseguiu manipular o resultado das eleições de 2020.
"A capacidade e a frequência com que se mente sobre a política dos EUA é uma aberração", salientou, também no Twitter, Eugénio Martinez, diretor do Departamento para a América Latina e Caraíbas do Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano.
"Não há elementos que provem esta mentira contra Cuba", disse.
As relações entre Cuba e os Estados Unidos foram muito tensas sob o comando de Donald Trump, que aumentou as sanções contra o país comunista para denunciar o seu apoio ao governo de Nicolas Maduro na Venezuela.
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