Em comunicado divulgado na quinta-feira, a SIP criticou o governo cubano por impedir a entrada no país da jornalista, considerando que se trata de "uma nova violação dos direitos humanos" pelo regime de Havana.
Karla Pérez González, que chegou à Costa Rica em 2017 para estudar jornalismo, e pretendia agora regressar a Cuba, considerou a recusa de entrada no país "arbitrária", comparando-a um "desterro".
"Fiz um pedido formal de asilo [na Costa Rica]. As autoridades costa-riquenhas comportaram-se de uma forma excelente, compreenderam que se tratava de uma questão humanitária", disse a jornalista à agência de notícias espanhola Efe.
Na quinta-feira, a jornalista apanhou um voo de San José, capital da Costa Rica, para o Panamá, mas quando tentou embarcar no avião que a levaria para Havana, um funcionário da companhia aérea Copa disse-lhe que não poderia viajar, por estar proibida de entrar no país pela Imigração de Cuba.
Depois de ter estado retida várias horas no Panamá, sem visto para entrar naquele país, regressou à Costa Rica, onde pediu asilo.
Karla Pérez González disse à Efe que já tinha sido expulsa há quatro anos do ensino superior cubano, devido à sua participação no blogue "Somos+", considerado crítico em relação ao governo.
Por essa razão, foi estudar para a Costa Rica, mas esperava poder voltar ao país após a conclusão da licenciatura.
"Não sou a primeira, há dezenas ou centenas de nós a quem é negada a entrada em Cuba, e esta é uma medida para sempre. Eu sou cubana e não posso entrar no meu país. Trata-se de uma decisão puramente política", considerou.
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