As forças turcas e seus aliados posicionaram-se na província de Raqqa, no norte da Síria, desde a ofensiva lançada por Ancara contra as milícias curdas em outubro de 2019, permitindo-lhes controlar uma área de fronteira com 120 quilómetros (km) de largura.
O último conflito começou na sexta-feira, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), depois de as forças turcas e seus aliados sírios terem tentado avançar em direção às aldeias de Al-Mouallak e Saida, a noroeste de Ain Issa.
A escalada de violência coincide com as comemorações de Nowruz, o Ano Novo curdo que assinala também o início da primavera.
De acordo com o OSDH, as forças turcas e pró-Ancara lançaram o seu ataque após as SDF terem concluído uma operação de desminagem nas duas aldeias, com o objetivo de que a população voltasse.
Os turcos e os seus aliados "têm lançado fogo de artilharia desde sábado até hoje sobre as posições do SDF", referiu o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahmane.
"O SDF até agora conseguiu evitar qualquer avanço das fações pró-Ancara", acrescentou.
Kino Gabriel, porta-voz das SDF, afirmou à agência France Press (AFP) que "a região de Ain Issa (...) é alvo de uma dura campanha liderada pela ocupação turca e os seus mercenários".
Os confrontos ocorrem numa área onde estão posicionadas as forças de Damasco e também as forças russas, presentes desde a entrada em vigor, em outubro de 2019, de um cessar-fogo negociado por Ancara com Moscovo.
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