O fogo no campo Balukhali, no distrito de Cox's Bazar, começou ao final da tarde e espalhou-se rapidamente por pelo menos quatro quarteirões, disse Mohammad Shamsud Douza, responsável da Comissão de Assistência e Repatriamento de Refugiados, adiantando que pelo menos quatro unidades de bombeiros estão a lutar para controlar o incêndio.
Louise Donovan, uma porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), disse através do correio eletrónico que "o incêndio afetou abrigos, centros de saúde, pontos de distribuição e outras instalações", adiantando que "os voluntários estão a apoiar as pessoas afetadas".
Não foi noticiada até agora a existência de quaisquer vítimas ou desaparecidos.
Dois refugiados rohingya disseram à agência noticiosa norte-americana Associated Press no local que o incêndio se espalhou muito rapidamente e que continuava a alastrar.
O Bangladesh já deu abrigo a mais de um milhão de muçulmanos rohingya, a maioria dos quais fugiu do vizinho Myanmar em 2017 devido à repressão dos militares birmaneses, que a ONU considera ter tido uma intenção genocida, o que Naypyidaw rejeita.
Os refugiados encontram-se em campos sobrelotados, mas as tentativas do Bangladesh para os repatriar para Myanmar, de maioria budista, têm fracassado porque os rohingyas se recusam a voltar, temendo mais violência num país que lhes nega direitos básicos, incluindo a cidadania.