Floyd: Termina hoje escolha de jurados para julgamento de homicídio
A escolha do júri para o julgamento do homicídio do afro-americano George Floyd chega hoje ao fim, após 10 dias de intensos interrogatórios que refletiram os riscos deste caso da justiça norte-americana.
© Getty
Mundo George Floyd
Um suplente e 12 titulares já foram escolhidos para o júri que vai dar o veredicto contra o ex-polícia Derek Chauvin, que em 25 de maio passado asfixiou Floyd, depois de ter estado cerca de nove minutos ajoelhado sobre o seu pescoço.
Contudo, o juiz Peter Cahill quer ter mais dois jurados adicionais, para garantir a conclusão deste julgamento, mesmo se houver desistências.
A morte do afro-americano, tornada pública em imagens capturadas num vídeo amador amplamente divulgado nos 'media' e nas redes sociais, desencadeou uma enorme vaga de manifestações em diversas cidades contra o racismo e a violência policial, tornando agora o julgamento do seu homicídio um caso de enorme atenção mediática e muito delicado para a justiça dos EUA.
As pessoas até agora escolhidas para o júri representam a diversificada população de Minneapolis, uma grande cidade do norte dos Estados Unidos, muito cosmopolita: sete são brancos, quatro negros (incluindo dois imigrantes) e dois mestiços, com as mulheres em maioria.
O júri, que é sorteado e cuja identidade não é revelada até que o veredicto seja proferido, tem de passar por uma série de interrogatórios, para receber a aprovação dos advogados de acusação e de defesa.
Na semana passada, o juiz Peter Cahill convocou sete jurados e questionou cada um deles para descobrir o que sabiam sobre o acordo extrajudicial que a Câmara Municipal tinha estabelecido com a família de Floyd, no valor de 27 milhões de dólares (cerca de 23 milhões de euros) e se isso afetaria a sua capacidade de participar no julgamento.
A questão foi levantada por Eric Nelson, advogado do ex-polícia Derek Chauvin, que pediu o adiamento do julgamento, alegando que o conhecimento do acordo extrajudicial com a família do afro-americano poderia influenciar o comportamento dos jurados.
Dois dos jurados acabaram afastados, bem como outros que pediram dispensa, por motivos profissionais, por recearem pela sua integridade física ou por nervosismo.
Outros ainda, não esconderam o preconceito contra o ato do ex-polícia acusado de violência excessiva contra o afro-americano.
Com uma única exceção, todos os jurados admitiram ter visto partes ou a totalidade do vídeo da morte de Floyd, que foi filmada por um transeunte.
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