Bolsonaro fala ao país em dia de recorde de mortes e promete vacinas

O Presidente brasileiro falou em rede nacional na terça-feira, dia em que o país bateu o recorde trágico de 3.251 mortes diárias, tentando tranquilizar a população e prometendo 500 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.

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Lusa
24/03/2021 06:08 ‧ 24/03/2021 por Lusa

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Covid-19

 

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"Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas. Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos a nossa vida normal", afirmou Jair Bolsonaro no pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.

A mensagem foi transmitida no dia em que o Brasil teve o seu dia mais trágico desde o início da pandemia, após ter ultrapassado, pela primeira vez, os três mil mortos (3.251) devido à covid-19 num único dia, num total de 298.676 vidas perdidas.

Em relação ao número de infeções, foram contabilizados 82.493 casos positivos nas últimas 24 horas, totalizando 12.130.019 diagnósticos de covid-19 em solo brasileiro.

"Em nenhum momento, o Governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome. (...) Neste mês, intercedi pessoalmente junto à fabricante Pfizer para a antecipação de 100 milhões de doses, que serão entregues até setembro de 2021. E também com a Janssen, garantindo 38 milhões de doses para este ano", argumentou o mandatário.

"Hoje, somos produtores de vacina em território nacional. (...) Quero destacar que hoje somos o quinto país que mais vacinou no mundo. Temos mais de 14 milhões de vacinados e mais de 32 milhões de doses de vacina distribuídas para todos os estados da federação, graças às ações que tomamos logo no início da pandemia", salientou, na mensagem que durou cerca de quatro minutos.

No entanto, quando se considera a administração de vacinas contra a covid-19 por 100.000 habitantes, o Brasil cai para a 58ª posição, segundo o ranking mundial de imunização, atualizado diariamente pelo jornal The New York Times.

Segundo um consórcio formado pela imprensa local, 6,04% de uma população de 212 milhões de habitantes receberam a primeira dose de alguma vacina contra a covid-19, enquanto que 2,05% receberam as duas doses.

"Solidarizo-me com todos aqueles que tiveram perdas em sua família. Que Deus conforte seus corações! Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus. Essa é a missão e vamos cumpri-la. Deus abençoe o nosso Brasil", concluiu o mandatário.

Enquanto Bolsonaro falava ao país, vários cidadãos foram às suas janelas, em várias cidades do país, bater em panelas, num ato de protesto contra a gestão do chefe de Estado na pandemia.

Os protestos refletem a forte queda do apoio ao Presidente detetada pelas últimas sondagens, que o mostram com um decréscimo da aprovação ao longo das últimas semanas.

A defesa de Bolsonaro pelas vacinas contrasta com declarações anteriores, em que afirmou que os imunizantes podem provocar efeitos colaterais. O Presidente também chegou a declarar que não será vacinado contra a covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.732.899 mortos no mundo, resultantes de cerca de 123,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: Brasil está na "vanguarda" do combate à pandemia, garante Bolsonaro

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