Von der Leyen defende diplomacia para a Saúde e o envolvimento de todos
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou hoje na abertura da Cimeira da Saúde ao empenhamento de "todos" no combate à pandemia de covid-19, destacando o papel da Europa desde o início da crise.
© Thierry Monasse/Getty Images
Mundo Cimeira da Saúde
"A União Europeia decidiu fazer alianças globais", destacou a presidente da Comissão Europeia, referindo-se diretamente ao mecanismo COVAX (Acesso Global às Vacinas da Covid-19) e congratulando-se com a recente adesão dos Estados Unidos ao programa dirigido pela Organização Mundial da Saúde.
Ursula von der Leyen frisou que é fundamental a promoção da "diplomacia ligada à saúde" a nível mundial, frisando que, "para se acabar com a pandemia, são precisas milhões de vacinas".
"Sabemos que na Europa estamos juntos, mas a Europa sozinha não resolve nada e, por isso, estamos além das fronteiras europeias", disse a presidente da Comissão Europeia, demonstrando preocupação com ajuda imediata ao continente africano.
"Vamos encontrar soluções para o futuro com mecanismos de ajuda e de solidariedade", acrescentou, pedindo o envolvimento dos ministérios das Finanças dos governos europeus, mas também do setor privado.
Para a presidente da Comissão Europeia, as coligações no combate à pandemia são necessárias, tendo mostrado confiança na construção de alianças entre os parceiros envolvidos no combate à crise sanitária.
A Conferência sobre Saúde Global -- Reforço do Papel da União Europeia (UE) na Saúde Global, que se realiza hoje no Centro Cultural de Belém, foi organizada pelo Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde, com o apoio da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
A conferência tem como foco o reforço do papel da União Europeia na saúde global, nas dimensões da diplomacia de saúde global, com especial articulação com a agenda UE-África, da liderança no desígnio da Cobertura Universal de Saúde e do impacto das alterações climáticas na saúde, e com especial destaque para a questão das doenças transmitidas por vetores e os desafios da resistência antimicrobiana.
Na conferência participam, entre outras individualidades, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da saúde, Marta Temido, assim como António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
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