Nigéria. Médicos em greve contra salários em atraso e falta de condições

Os médicos dos hospitais públicos da Nigéria entraram hoje em greve, protestando contra os salários em atrasos e a falta de condições no país mais populoso de África, que tem dois médicos para cada 10 mil pessoas.

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Lusa
01/04/2021 13:08 ‧ 01/04/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse, a greve dos médicos começou às 08:00 locais apesar de vários dias de reuniões entre os sindicatos e as autoridades, sendo decidida esta tarde o período da greve.

Os médicos na Nigéria ameaçam regularmente entrar em greve, esperando obter das autoridades o pagamento dos salários em atraso e um aumento dos meios atribuídos aos hospitais públicos, que estão em decadência, escreve a AFP, notando que a saída do Presidente nigeriano para receber tratamento médico em Londres adensou o clima de descontentamento.

A greve, liderada pela Associação Nacional de Residentes (NARD), que representa 40% dos médicos no país, ameaça complicar ainda mais a crise sanitária vivida na maior economia africana, que enfrenta uma falta de camas, medicamentos e equipamentos de proteção individual, num contexto de falta de condições básicas para combater a propagação da pandemia.

No ano passado, o presidente da Associação de Médicos da Nigéria, Francis Faduyile, alertou que "70 a 80% das instituições de saúde pública não têm água corrente ou suficientemente limpa para lavar as mãos", uma das medidas essenciais para combater a propagação de covid-19.

De acordo com os últimos números divulgados pelas autoridades, o país teve 162.891 casos confirmados e 2.057 mortes decorrentes da pandemia, mas os dados deverão ser bastante maiores devido ao limitado número de testes que é feito neste país.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2,8 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 128,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: AO MINUTO: Vacina da Pfizer protege (pelo menos) seis meses após 2.ª toma

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