"Condenamos as ações intimidatórias do regime militar de Myanmar em Londres", escreveu Dominic Raab numa mensagem publicada na rede social Twitter.
O governante elogiou o embaixador birmanês, Kyaw Zawar Minn, pela sua "coragem" e reiterou o apelo britânico para o fim da "terrível violência" em Myanmar, bem como para uma "rápida restauração da democracia" após o golpe militar de 01 de fevereiro.
O embaixador do Myanmar em Londres acusou na quinta-feira uma figura militar, próxima da junta militar, de ocupar a embaixada e de negar o acesso ao edifício.
A junta militar ordenou o regresso do embaixador em Londres no mês passado, após este ter emitido uma declaração de apoio ao Governo civil deposto, liderado por Aung San Suu Kyi.
O Reino Unido já sancionou vários oficiais da junta militar, incluindo o comandante do exército, Min Aung Hlaing, presidente do Conselho Administrativo de Estado e autoridade máxima em Myanmar, pelo papel no golpe militar.
A junta militar tem reprimido de forma violenta as manifestações diárias que pedem o regresso da democracia e a libertação de antigos líderes.
Cerca de 600 civis, incluindo perto de 50 crianças e adolescentes, foram mortos desde o golpe de Estado, indicou a Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP).
O número pode ser mais elevado, ressalvou a AAPP, estimando que cerca de 2.700 pessoas foram detidas, muitas sem acesso a advogados, não existindo contacto com as famílias.
Tanto os observadores internacionais como a comissão eleitoral deposta pela junta militar após a tomada do poder negaram a existência de irregularidades, apesar da insistência de alguns comandantes do Exército, cujo partido detém 25% dos lugares no parlamento birmanês.
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