"Constatando a incapacidade e indisponibilidade de Angola, a FLEC-FAC apela para uma atenção particular ao conflito em Cabinda" e para "o contributo para a resolução deste conflito" da SADC, disse, em comunicado, a direção político-militar da FLEC-FAC.
O apelo foi dirigido especialmente ao presidente do órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, Mokgweetsi Eric Keabetswe Masisi, e numa altura em que a organização esteve reunida, em Maputo, para analisar a crise na província moçambicana de Cabo Delgado.
"Esquecer o conflito em Cabinda é contribuir no agravamento do ambiente de defesa e segurança na região e um meio de permitir ao estado angolano prosseguir com a sua política de regressão e militarização de Cabinda e dos estados vizinhos", acrescentou-se no comunicado.
Os independentistas de Cabinda reclamam a autodeterminação do território e o cumprimento do Tratado de Simulambuco.
Assinado em 01 de fevereiro de 1885 entre o Governo português e os autóctones cabindenses, o Tratado de Simulambuco selou a criação de um protetorado português, no qual Portugal se comprometeu a manter a integridade dos territórios.
Os independentistas de Cabinda defendem que o território era uma colónia independente de Portugal e deveria ter sido tratada enquanto tal no processo de independência de Angola.
Em contrapartida, o território, de onde é extraída a grande parte do petróleo de Angola, tornou-se numa província angolana.
A SADC integra 16 países da África Austral, incluindo Angola e Moçambique.
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