A decisão será tomada em reunião do Governo na próxima terça-feira, ao fim de sete anos de discussão sobre o destino a dar às águas usadas para arrefecer combustível da central de Fukushima, noticia a agência Kyodo.
O Governo já tinha afirmado que não era possível adiar a decisão por mais tempo, dado que a capacidade de armazenagem dos tanques de água na central, que continuam a receber líquido usado para arrefecer combustível nuclear, deverá esgotar-se em 2022, 11 anos depois de a central ter sido gravemente afetada por um terramoto e tsunami.
As instalações de Fukushima Daiichi geraram toneladas de água contaminada que tiveram de ser armazenadas depois de usadas para arrefecer os núcleos parcialmente derretidos de três reatores.
Desde há anos que a empresa responsável pela central, a TEPCO, utiliza um sistema para filtrar aquela água e eliminar todos os seus isótopos radioativos com exceção do trítio.
O ministro da Indústria nipónico, Hiroshi Kajiyama, solicitou em março ao diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que o organismo de controlo nuclear da ONU realize uma revisão científica do plano para eliminar a água e transmita a sua opinião à comunidade internacional.
O Japão pediu à AIEA que confirme se o método e as instalações utilizadas para a eliminação da água cumprem os padrões de segurança da agência, verifique os dados da radiação à volta da central e divulgue as suas descobertas.
O pedido de Tóquio ocorre depois de especialistas das Nações Unidas terem destacado que a água da central representa um grave risco ambiental e que seria "inaceitável" libertá-la no Oceano Pacífico.
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