O número de mortes registados no Brasil devido à Covid-19 irá superar, este sábado, o de vítimas mortais que perderam a vida na sequência de infeções relacionadas com o HIV, desde que este vírus foi diagnosticado, no início da década de 1980.
De acordo com a revista Época, a SIDA matou 349.784 pessoas, no Brasil, em 40 anos. Nesta sexta-feira, dia 9 de abril, o país atingiu a trágica marca das 348.934 mortes devido ao novo coronavírus. Na sequência da média de 2 mil óbitos diários por Covid-19 no Brasil, tudo indica que a pandemia vai assim ultrapassar hoje o número de doentes que morreram com HIV nas últimas quatro décadas no país.
Os números relativos à SIDA, citados pela publicação brasileira, foram facultados pelo governo e correspondem ao período compreendido entre 1980, quando o primeiro caso foi reportado no país, e 2019. Desde 2015 que a taxa de mortalidade relacionada com a doença está em queda no Brasil.
Já a Covid-19 parece estar fora de controlo. Só esta sexta-feira, as autoridades de saúde brasileiras reportaram 3.647 mortes relacionadas com a doença. Na quinta, o dia foi ainda pior. O país registou a sua pior marca em toda a pandemia com 4.190 vítimas mortais.
Recorde-se que o Brasil é considerado referência internacional no tratamento do HIV, tanto na distribuição do antirretroviral como na testagem e disponibilização de preservativos. Em contrapartida, o país foi o pior do mundo na gestão da pandemia, segundo um estudo do Lowy Institute de Sydney, na Austrália.
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