Nas últimas 24 horas foi assinalado um novo recorde com 59.000 casos positivos, e ainda 273 mortes.
O número de contágios diários é seis vezes superior ao registado no início de março.
Com as novas restrições, apenas será permitido sair à rua entre as 05:00 e as 19:00, antecipando-se em duas horas o recolher obrigatório que vigorava até às 21:00, e o confinamento volta a ser aplicado durante todo o fim de semana, quando apenas se cumpria ao domingo.
Os restaurantes e cafés, que reabriram no início de março após três meses sem atividade, voltam a encerrar e apenas poderão servir refeições ao postigo ou para entrega ao domicílio, prática muito habitual em cidades como Istambul.
As deslocações entre cidades também vão ser proibidas e todos os eventos sociais, incluindo casamentos ou reuniões públicas, serão adiados para depois do Ramadão.
Erdogan sublinhou que os resultados destas medidas serão observados durante duas semanas, e admitiu restrições mais severas caso a curva dos contágios não decresça.
A comunidade médica tinha pedido medidas mais restritivas perante a alarmante subida das infeções e das mortes diárias, que aumentaram de 70 para 250 casos em três semanas.
A Ordem dos médicos turca tem questionado os números oficiais, numa altura em que o registo municipal de óbitos em Istambul indica nos últimos dias mais 100 mortes que as habituais nesta cidade, que concentra 20% dos 83 milhões de habitantes do país.
Em simultâneo, prossegue a campanha de vacinação iniciada em meados de janeiro, com 7,7 milhões de pessoas imunizadas com as duas doses da Sinovac, e outras 3,7 milhões com a primeira injeção, a maioria também com o fármaco chinês, apesar de nas últimas duas semanas ter começado a ser também aplicada a alemã BioNTech.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.947.319 mortos no mundo, resultantes de mais de 136,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.