A Rússia proibiu oficialmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre uma série de emendas constitucionais, ratificadas esta segunda-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin. Agora, no país, o casamento permitido passa a ser definido formalmente como sendo entre um homem e uma mulher.
Em julho do ano passado, a revisão constitucional recebeu o apoio de quase 78% dos eleitores russos, recorda a Associated Press.
O deputado Pyotr Tolstoy, um dos principais opositores ao casamento gay no país, adiantou, esta terça-feira à NBC, que a Rússia deveria permanecer um “bastião do tradicionalismo”, afastando-se dos “erros do Ocidente”, em que “certas pessoas, como a comunidade LGBT ou determinados grupos raciais recebem direitos especiais adicionais”.
A homossexualidade é legal no país desde 1993, mas Putin tem defendido "valores tradicionais". O chefe de Estado russo rejeita as críticas de quem o acusa de falta de apoio ao movimento LGBTI+, referindo que “não há disposições na lei penal russa segundo as quais as pessoas de orientação sexual não tradicional possam ser processadas criminalmente”.
Entre as outras emendas à Constituição ratificadas por Putin, está ainda incluída a que lhe poderá permitir apresentar-se a dois novos mandatos presidenciais e preservar o poder até 2036.
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