O incêndio deflagrou por volta das 16h00 de terça-feira na escola primária 'Pays-Bas', após a passagem de um tornado pelo estabelecimento, quando as crianças estavam na aula.
"Eu estava no centro da cidade quando recebi uma chamada de um dos meus professores que me avisou que a escola estava a arder; corri de volta, mas nada podia ser feito para salvar as salas de aula feitas em cabanas", lamentou o diretor da escola, Soumaana Nouhou, angustiado com o drama.
As chamas espalharam-se em apenas dez minutos e devoraram todas as salas de aula, escritórios dos professores e cadeiras e secretárias, explicou Nouhou, acrescentando que muitas pessoas ficaram feridas, sem que o número exato fosse conhecido.
"A minha filha tinha cinco anos e na terça-feira não queria ir à escola, com o pretexto de que estava demasiado calor (cerca de 43 graus). Foi a sua irmã mais velha que a obrigou a ir", gritou uma mãe em lágrimas.
O presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Khalid Lkhiri, que foi ao local para apresentar as suas condolências às famílias, lamentou o facto de ainda haver salas de aula em cabanas de colmo na cidade de Niamey, defendendo que "os estudantes devem ser protegidos com condições mínimas de segurança".
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