"Vamos monitorizar melhor os testes", disse a responsável pelos testes e rastreios na Bélgica, Karine Moykens, em declarações ao jornal Le Soir, no dia em que as viagens não essenciais deixam de ser proibidas, mas são desaconselhadas.
Os residentes no país que regressam de uma zona vermelha, conforme o código de cores fixado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa) em função do número de casos de covid-19 por 100.000 habitantes, terão de apresentar um teste PCR negativo à chegada à Bélgica, manter-se em quarentena e fazer um segundo teste sete dias depois.
Moykens referiu que a percentagem de pessoas que fizeram o segundo teste -- e para o qual recebem uma prescrição via sms -- é muito baixa, pelo que a meta dos serviços de rastreio é garantir que este é realizado, através de controlos mais apertados.
Segundo dados do serviço, em fevereiro, 87% das pessoas fizeram o primeiro teste, enquanto 47% fizeram o segundo.
Em março, a proporção foi de 68% e 29% e no início de abril, 75% fizeram o primeiro teste e apenas 26% o segundo.
Portugal, com uma notificação de 68,46 casos por 100.000 habitantes nas semanas 13 e 14 do ano (29 de março a 11 de abril) está classificado como "laranja" pelo ECDC.
As viagens não essenciais estavam interditas na Bélgica, com exceções, desde final de janeiro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.011.975 mortos no mundo, resultantes de mais de 140,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.945 pessoas dos 831.001 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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