Em conferência de imprensa, o secretário da Presidência do Conselho de Ministros japonesa, Katsunobu Kato, afirmou que o Japão pretende incrementar a cooperação com o bloco europeu, em benefício da estabilidade e prosperidade da região do Indo-Pacífico.
A política do bloco, adiantou, apresenta "muitas semelhanças" com a iniciativa do Indo-Pacífico Livre e Aberto, promovida por Tóquio.
As conclusões sobre uma estratégia europeia para a cooperação com a região do Indo-Pacífico foram aprovadas pelo Conselho da UE na segunda-feira, defendendo estabilidade e um ambiente "aberto e justo" para o comércio e investimento.
Em comunicado, o Conselho da UE adiantou que a estratégia para a cooperação no Indo-Pacífico, dá corpo à intenção de "reforçar o seu enfoque estratégico, presença e ações nesta região de importância estratégica primordial para os interesses da União".
Portugal estabeleceu como uma das suas prioridades para a presidência rotativa da UE a de diversificar as relações com os parceiros do Indo-Pacífico, nomeadamente com a Índia, através da organização, a 08 de maio no Porto, de uma cimeira informal que irá juntar os líderes dos 27.
O Conselho adianta que "a abordagem e o empenho da UE procurarão promover uma ordem internacional baseada em regras, igualdade de condições, bem como um ambiente aberto e justo para o comércio e o investimento, reciprocidade, o reforço da resiliência, o combate às alterações climáticas e o apoio à conectividade com a União".
E, ainda no âmbito comercial, "a existência de rotas de abastecimento marítimo livres e abertas, em plena conformidade com o direito internacional, continua a ser crucial", sublinha o Conselho, acrescentando que "a UE procurará trabalhar em conjunto com os seus parceiros no Indo-Pacífico sobre estas questões de interesse comum".
"As dinâmicas atuais no Indo-Pacífico deram origem a uma intensa competição geopolítica, aumentando as tensões no comércio e cadeias de abastecimento, bem como nas áreas tecnológicas, políticas e de segurança", desenvolvimentos que, além de porem em causa os direitos humanos, "ameaçam cada vez mais a estabilidade e a segurança da região e não só, com impacto direto nos interesses da UE", adianta o Conselho.
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