Na sua intervenção na Cimeira do Clima, organizada pelos Estados Unidos, em formato virtual, Macron cumprimentou o Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo "regresso" do seu país à luta contra as alterações climáticas e pela decisão do seu Governo de reduzir as emissões de gases de efeito de estufa para metade até 2030.
O Presidente francês recordou os seus contactos recentes com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o Presidente chinês, Xi Jinping, para dizer que nessas conversas os três concordaram em que este é "um combate comum" e que todos devem estar empenhados no seu sucesso.
Para tal, disse Macron, será preciso um "plano de ação preciso, claro, mensurável e verificável", destacando os esforços nesse sentido que têm sido feitos pela União Europeia.
O Presidente de França também destacou a urgência de "transformar o sistema financeiro global" para apoiar projetos sustentáveis e, dessa forma, "colocar as finanças ao serviço do clima".
Nesse sentido, Macron lembrou que a França vai organizar uma cimeira sobre o financiamento sustentável das economias africanas no dia 18 de maio, em Paris, salientando a importância de alargar o combate contra as alterações climáticas aos diversos continentes.
Assim, explicou Macron, é fundamental "uma regulamentação à escala internacional", que permita acelerar todo o processo.
"O ano de 2030 é o novo 2050", disse o Presidente francês, referindo-se à aceleração do cronograma de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Macron também expressou a sua satisfação com a decisão dos Estados Unidos de aderir à Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal, para a redução de gases de efeito estufa, lembrando que também a China está alinhada com esta estratégia.
"Também será conveniente lutarmos juntos para reduzir as emissões de metano. E estamos a avançar nesse sentido", concluiu o Presidente francês.
"Inovação, transformação e regulação" são, segundo Macron, as palavras-chave para o combate às alterações climáticas.
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