Estados Unidos vão partilhar vacinas da AstraZeneca com outros países
Os EUA vão começar a partilhar com outros países vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca e o Presidente Joe Biden prometeu ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apoio no combate à pandemia.
© Lusa
Mundo Covid-19
A Casa Branca prometeu partilhar, nos próximos meses, até 60 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, logo que as autoridades sanitárias norte-americanas derem luz verde, expandindo assim o seu plano inicial de ceder cerca de quatro milhões de doses dessa vacina com o México e o Canadá.
Joe Biden também se revelou preocupado com as dificuldades do Governo indiano no combate à pandemia, pelo que prometeu a Norendra Modi "apoio inabalável" dos Estados Unidos.
"O Presidente prometeu apoio inabalável da América ao povo indiano", disse a Casa Branca, num comunicado que relata a conversa telefónica entre os dois líderes, lembrando que os EUA já se tinham comprometido com ajuda sanitária à Índia.
A vacina da AstraZeneca ainda não teve a aprovação da autoridade reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos (FDA), mas o Governo norte-americano tem vários milhões de doses armazenadas e que quer agora compartilhar.
A decisão foi anunciada quando a Casa Branca se mostra cada vez mais segura sobre o fornecimento das três vacinas já aprovadas pela FDA, principalmente após o reinício da produção de doses da Johnson & Johnson, no passado sábado.
"Dado o forte portfólio de vacinas que os EUA já possuem, e que foram autorizadas pela FDA, e dado que a vacina da AstraZeneca não está autorizada para uso nos EUA, não precisamos de usar esta vacina aqui durante os próximos meses", disse Jeff Zients, coordenador do plano de combate à covid-19 na Casa Branca.
"Assim, os Estados Unidos estão a procurar opções para compartilhar as doses da AstraZeneca com outros países à medida que estas ficarem disponíveis".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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