"A vacina ajuda-nos a recuperar a nossa liberdade e devemos proteger esse progresso", afirmou o ministro da Saúde, Matt Hancock, no parlamento.
Diante do "risco de novas variantes", o governo tem trabalhado "há mais de um ano" num "plano de reconvocação" para proteger a população.
As 60 milhões de doses encomendadas à Pfizer-BioNTech, além das 40 milhões adquiridas do mesmo laboratório, "serão utilizadas, juntamente com outras, como parte do programa de reconvocação" para que se possa proteger "o progresso já alcançado", detalhou.
O Reino Unido, país europeu com mais óbitos resultantes da pandemia com mais de 127.000 mortes e envolvido numa campanha de vacinação em massa desde o início de dezembro, usa atualmente as vacinas AstraZeneca, Pfizer-BioNTech e Moderna.
De acordo com os dados oficiais divulgados hoje, quase 34 milhões de primeiras doses foram administradas e um quarto da população adulta, ou seja 13,5 milhões de pessoas, receberam a segunda dose.
O programa de reconvocação vai ser usado para "proteger os mais vulneráveis antes do inverno" e "garantir que as pessoas tenham a melhor proteção possível contra a covid-19", de acordo com um comunicado.
Esta notícia chega num momento em que um estudo da Agência de Saúde Pública Inglesa, publicado hoje, mostrou que uma dose única da vacina da Pfizer-BioNTech ou AstraZeneca pode, após três semanas, reduzir a transmissão de covid-19 quase pela metade dentro do mesmo domicílio, onde o risco de contágio é elevado.
Matt Hancock, de 42 anos, anunciou que vai receber a sua injeção da vacina na quinta-feira de manhã e disse estar feliz em ver "uma saída clara para esta crise", mas pediu aos britânicos que não se excedam no otimismo e "sejam cautelosos", à medida que o país vai relaxando gradualmente as medidas de confinamento postas em prática desde janeiro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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