Israel reabre zona marítima de Gaza após três dias de bloqueio

O exército israelita reabriu hoje a zona de pesca ao largo da Faixa de Gaza, no Mediterrâneo, após três dias de encerramento devido a disparos de 'rockets' contra Israel desde o enclave palestiniano.

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© Reuters

Lusa
29/04/2021 11:24 ‧ 29/04/2021 por Lusa

Mundo

Faixa de Gaza

"Após consultas de segurança, foi decidido reabrir a zona de pesca até 15 milhas náuticas" (cerca de 28 quilómetros), anunciou o órgão israelita responsável pelas operações civis nos territórios palestinianos (COGAT).

O Exército de Israel fechou na segunda-feira a zona marítima da Faixa de Gaza, impedindo os pescadores de saírem para o mar, após vários disparos de 'rockets' contra território israelita. 

Israel impõe bloqueios terrestres, marítimos e aéreos ao enclave palestiniano habitado por dois milhões de pessoas e controlado pelo movimento Hamas há mais de 10 anos.

A zona de pesca autorizada, a partir da qual a marinha israelita apresa as embarcações, varia em função das tensões.

Um porta-voz do Hamas, Abdellatif al Qanou'a, classificara o encerramento da zona de pesca como "uma violação flagrante" do direito dos pescadores, e como uma "forma de agressão contínua" contra os palestinianos.

A mesma fonte tinha alertado Israel para "as consequências do seu comportamento agressivo".

O líder do sindicato de pescadores de Gaza, Zakaria Bakr, qualificara a decisão como uma "punição coletiva para as mais de 50.000 pessoas que vivem da pesca" em Gaza.

Entre sexta-feira e segunda-feira foram lançados pelo menos 41 'rockets' desde Gaza e contra Israel.

Os ataques foram seguidos de represálias israelitas.

A escalada de tensões entre Israel e o Hamas coincidiu com os confrontos da semana passada em Jerusalém, que envolveram um grupo israelita de extrema-direita, palestinianos de Jerusalém oriental e as forças de segurança.

Israel tinha reaberto em setembro de 2020 a zona marítima autorizada a 15 milhas náuticas ao largo da costa de Gaza, no quadro de um acordo com o Hamas.  

Leia Também: Aumento de casos na Faixa de Gaza ameaça sobrecarregar hospitais

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