"Após consultas de segurança, foi decidido reabrir a zona de pesca até 15 milhas náuticas" (cerca de 28 quilómetros), anunciou o órgão israelita responsável pelas operações civis nos territórios palestinianos (COGAT).
O Exército de Israel fechou na segunda-feira a zona marítima da Faixa de Gaza, impedindo os pescadores de saírem para o mar, após vários disparos de 'rockets' contra território israelita.
Israel impõe bloqueios terrestres, marítimos e aéreos ao enclave palestiniano habitado por dois milhões de pessoas e controlado pelo movimento Hamas há mais de 10 anos.
A zona de pesca autorizada, a partir da qual a marinha israelita apresa as embarcações, varia em função das tensões.
Um porta-voz do Hamas, Abdellatif al Qanou'a, classificara o encerramento da zona de pesca como "uma violação flagrante" do direito dos pescadores, e como uma "forma de agressão contínua" contra os palestinianos.
A mesma fonte tinha alertado Israel para "as consequências do seu comportamento agressivo".
O líder do sindicato de pescadores de Gaza, Zakaria Bakr, qualificara a decisão como uma "punição coletiva para as mais de 50.000 pessoas que vivem da pesca" em Gaza.
Entre sexta-feira e segunda-feira foram lançados pelo menos 41 'rockets' desde Gaza e contra Israel.
Os ataques foram seguidos de represálias israelitas.
A escalada de tensões entre Israel e o Hamas coincidiu com os confrontos da semana passada em Jerusalém, que envolveram um grupo israelita de extrema-direita, palestinianos de Jerusalém oriental e as forças de segurança.
Israel tinha reaberto em setembro de 2020 a zona marítima autorizada a 15 milhas náuticas ao largo da costa de Gaza, no quadro de um acordo com o Hamas.
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