A sessão foi convocada pelo Vietname para apresentar as conclusões da recente cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), na Indonésia, que vai nomear um enviado para ajudar a resolver a crise criada pelo golpe militar de 01 de fevereiro.
Durante a reunião, a enviada especial da ONU para Myanmar, Christine Burgener, em 'tour' pela região, relatou uma longa entrevista com o chefe da junta militar birmanesa, o general Min Aung Hlaing.
Segundo diplomatas, esta emissária, atualmente em Banguecoque, recebeu uma nova recusa do oficial para poder visitar Myanmar.
Um projeto de declaração do Conselho de Segurança, elaborado pelo Reino Unido, não foi endossado na forma atual.
O documento, obtido pela agência France-Press, pretendia "dar total apoio ao papel central da ASEAN" e incentivar a visita de Christine Burgener ao país "o mais rapidamente possível".
Os membros do Conselho condenam novamente e "veementemente a violência contra manifestantes pacíficos" e pedem aos "soldados que mostrem a maior contenção", especificava o projeto.
De acordo com os diplomatas, a China, primeiro apoiante de Myanmar, opôs-se e propôs um texto concorrente.
As discussões estavam ainda hoje em andamento para uma fusão dos dois projetos, segundo fontes diplomáticas.
Quase 760 civis foram vítimas de balas da polícia e do exército nos últimos três meses, segundo a Associação de Assistência a Presos Políticos (AAPP).
A junta militar reconhece apenas 258 mortos no dia 15 de abril, apelidando os manifestantes de "desordeiros" envolvidos em "atos de terrorismo".
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