As negociações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte estão paradas desde o fracasso da segunda cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un em Hanói, em fevereiro de 2019. Desde que assumiu o poder, há 100 dias, Biden tem estado relativamente discreto em relação ao dossier.
"Posso confirmar que concluímos a nossa revisão estratégica sobre a Coreia do Norte", indicou Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, a bordo do Air Force One.
"O nosso objetivo continua a ser a desnuclearização completa da península coreana", lembrou.
Defendendo uma abordagem "realista" pela via diplomática, em estreita ligação com a Coreia do Norte e o Japão, Psaki manteve-se evasiva em relação a possíveis iniciativas, ao mesmo tempo que se distanciava das anteriores administrações.
"A nossa política não será centrada na busca de um grande acordo", sublinhou, marcando claramente a diferença com a abordagem de Donald Trump.
"Mas também não se apoiará na paciência estratégica", adiantou, referindo-se a uma expressão utilizada durante a presidência de Barack Obama.
Há 10 dias, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, apelou a Joe Biden para relançar as negociações com Pyongyang.
"O mais importante para os dois governos é ter a vontade de dialogar e de se sentar frente-a-frente o mais depressa possível", indicou Moon, que é esperado a 21 de maio na Casa Branca.
"Espero que Biden entre na História como o Presidente que alcançou progressos substanciais e irreversíveis em direção a uma completa desnuclearização e um acordo de paz na península coreana", declarou.
A Coreia do Norte é considerada uma das maiores e mais perturbadoras ameaças à segurança nacional que os Estados Unidos e os seus aliados enfrentam.
Pyongyang disparou mísseis de curto alcance em março, poucos dias depois da irmã de Kim Jong-un ter ameaçado os Estados Unidos e a Coreia do Sul por realizarem exercícios militares conjuntos.
Aqueles testes não estão proibidos, mas, dias depois, a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance para o mar, desafiando as resoluções da ONU que proíbem tais lançamentos.
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