O país vive, desde meados de março, os momentos mais críticos de uma segunda vaga da pandemia que colocou o sistema de saúde no limite e obrigou a fechar as fronteiras e declarar quarentena total para mais de 90% da população.
A taxa nacional de positividade das últimas 24 horas - número de infeções por cada 100 testes - foi de 9,4%, tendo sido realizados mais de 64.000 testes, informaram as autoridades de saúde.
A ocupação das unidades de cuidados intensivos mantém-se acima de 96% há várias semanas e, nas últimas 24 horas, o número de doentes críticos atingiu 3.336 casos, o que implica que só restem cerca de 200 camas disponíveis em unidades deste tipo.
Os novos casos diários de infeções rondam, há vários dias, os 7.000, e a taxa de positividade mantém-se inalterada, o que levou as autoridades sanitárias a decidir, na quinta-feira, começar a 'desconfinar' cerca de 20 bairros de todo o país, vários dos quais localizados na capital, que estavam em quarentena total há um mês.
O país está ainda a realizar um dos processos de vacinação de maior sucesso no mundo, com mais de 8 milhões de pessoas (mais de 50% da população) já imunizadas com pelo menos uma dose e mais de 44% com duas doses de vacina.
A maioria das vacinas administradas são Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, do qual o Chile recebeu quase 14 milhões de doses. Mas o país está também a usar os fármacos da Pfizer/BioNTech (2,3 milhões doses) e da AstraZeneca, que aplica apenas a mulheres com mais de 55 anos e homens com mais de 18 anos.
O Chile, que está em estado de emergência há mais de um ano, também aprovou o uso da vacina do laboratório chinês Cansino, do qual começará a receber lotes em maio.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.182.408 mortos no mundo, resultantes de mais de 151,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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