OIM já ajudou a regressar à Guiné-Bissau mais de 700 guineenses

A Organização Internacional para as Migrações ajudou nos últimos três anos mais de 700 guineenses a regressar à Guiné-Bissau, disse hoje a representante da agência da ONU, em Bissau, Fátima Teixeira.

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Lusa
05/05/2021 13:56 ‧ 05/05/2021 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

 

"Apoiámos o regresso e reintegração de mais de 700 migrantes" no âmbito de um projeto, com o apoio financeiro da União Europeia, disse Fátima Teixeira.

A representante da Organização Internacional para as Migrações (OIM) na Guiné-Bissau falava à imprensa no final da cerimónia de inauguração do novo escritório em Bissau.

"O processo de reintegração passa por várias formas desde apoio médico, documental, inserção novamente das crianças das escolas, apoio ao início de novas atividades económicas geradoras de renda, apoio financeiro, em género e formação", salientou.

A representante da OIM em em Bissau destacou também que a Guiné-Bissau faz parte dos países campeões do Pacto Global das Migrações.

"Ou seja, há muita coisa a fazer, mas muita coisa está a ser feita já, quer para apoiar no regresso daqueles que querem regressar ao país, tal como no apoio aos que querem sair e fazer uma migração por escolha, mas de forma regular e segura", sublinhou.

Questionado sobre o tráfico de pessoas no país, Fátima Teixeira disse que é um "fenómeno que não escolhe países" e destacou a questão das crianças talibés, estudante do Corão, que muitas vezes são levados da Guiné-Bissau para outros países por falsos mestres corânicos e que são postos a mendigar e sujeitos a maus-tratos.

"A OIM tem projetos com o Instituto da Mulher e da Criança. O tráfico de crianças continua a ser um flagelo e a OIM trabalha para ajudar as autoridades a controlar melhor as fronteiras e às autoridades responsáveis pela criminalização da emigração irregular", disse.

A secretária de Estado das Comunidades guineense, Dara Fonseca, destacou a "relação próxima" que as autoridades guineenses têm com a OIM e que a abertura do escritório mostra que o Governo está a dar ao assunto da migração a "devida importância".

Leia Também: Arcebispo angolano denuncia que mortes continuam em Cafunfo

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