Etiópia: ONU envia 54 milhões de euros para ajuda humanitária

As Nações Unidas anunciaram hoje o envio de 65 milhões de dólares (54 milhões de euros) para ajuda humanitária na Etiópia, incluindo 40 milhões de dólares para o Tigray, palco de um conflito com milhares de mortos e deslocados.

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Lusa
06/05/2021 19:26 ‧ 06/05/2021 por Lusa

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O gabinete humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que os restantes 25 milhões de dólares (20 milhões de euros) irão financiar operações de ajuda no resto da Etiópia, incluindo em resposta à seca nas regiões da Somália e Oromia.

Os fundos serão utilizados para tratar crianças com desnutrição aguda grave, reabilitar sistemas de água e fornecer água às comunidades afetadas pela seca e para pré-posicionar fornecimentos humanitários.

"As vidas e os meios de subsistência dos etíopes estão a ser destruídos pela seca, e as crianças sofrem de desnutrição", disse o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, numa declaração.

Seis meses após o início do conflito em Tigray, "os civis continuam a sofrer as consequências", alertou.

"Mulheres e raparigas estão a ser alvo de uma violência sexual horrenda, e milhões estão a lutar para ter acesso a serviços e alimentos essenciais, especialmente em algumas zonas rurais que estão completamente isoladas". Precisamos de aumentar agora a resposta humanitária", afirmou Lowcock.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que os 40 milhões de dólares (33 milhões de euros) para Tigray se destinam a financiar abrigos de emergência, água potável, cuidados de saúde, esforços de prevenção e resposta à violência sexual e de género, e telecomunicações de emergência para apoiar a resposta humanitária.

Segundo este organismo da ONU, o acesso aos necessitados em Tigray "constitui um desafio" e os funcionários da ajuda humanitária estão a tentar alcançar áreas inacessíveis no sudeste do país.

Na semana passada, indicou o mesmo gabinete, um comboio humanitário das Nações Unidas conseguiu chegar à cidade de Samre, onde entregou alimentos de emergência e material nutricional e organizou uma clínica de saúde móvel no hospital de Samre.

A OCHA pediu financiamento adicional para ajuda humanitária em Tigray e noutros locais da Etiópia, bem como acesso a todas as pessoas necessitadas.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), o partido eleito e no poder no estado, e declarou a vitória em 28 de novembro, ainda que os combates continuem.

O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele, frente à TPLF que, até à chegada de Abiy Ahmed, controlou a Etiópia durante quase 30 anos.

No entanto os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.

Leia Também: MNE do G7 discutem em Londres as "ameaças internacionais" à democracia

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