O censo nacional da vida selvagem de 2021 ajudará a "mudar o modelo de conservação que atenua os conflitos humanos com a vida selvagem, ao mesmo tempo que protege a subsistência das pessoas", sublinhou o ministro queniano do Turismo e Vida Selvagem, Najib Balala, na apresentação do plano.
Balala revelou a decisão de avançar com o censo na Reserva Natural das Colinas de Shimba, a cerca de 30 quilómetros da cidade costeira sudeste de Mombaça, que conta com uma população de várias centenas de elefantes, entre outras espécies.
"Este será o primeiro censo nacional de vida selvagem do Quénia realizado sobre vida selvagem terrestre e marinha", avançou o ministro.
O censo irá abranger a contagem, entre outros, de mamíferos terrestres, mamíferos de água doce, mamíferos marinhos, aves-chave, primatas ameaçados e répteis nas 47 províncias do Quénia.
"A indústria do turismo será a maior beneficiária do censo porque poderemos saber o que temos e, portanto, melhorar a experiência do produto dos nossos visitantes", disse a diretora do Departamento de Vida Selvagem, Safina Kwekwe, durante o evento de lançamento.
Entre outros meios, os peritos utilizarão um helicóptero "para assegurar um exame minucioso dos habitats da vida selvagem e assegurar que todos os animais visados sejam avistados e contados", explicou o diretor do Instituto de Formação em Investigação da Vida Selvagem, Patrick Omondi.
O Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quénia (KWS) acredita que o recenseamento também irá melhorar a eficácia dos esforços de conservação, ao determinar o número de animais, incluindo espécies ameaçadas, e a sua localização exata.
Em 2020, o Quénia celebrou um marco de conservação, ao registar zero mortes de rinocerontes, como resultado de uma abordagem multissetorial da segurança dos animais e combate caça furtiva.
A rica fauna selvagem do Quénia é um dos pilares económicos do país, que este não está a otimizar por não dispor de um conhecimento adequado do estado das populações de espécies selvagens.
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