Quénia lança plano para criar o seu primeiro censo de aninais selvagens

O Governo do Quénia anunciou hoje que irá desenvolver, pela primeira vez, um censo nacional da vida selvagem do país, principal ingrediente deste importante destino turístico da África oriental, e fonte de rendimento central para a economia queniana.

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Lusa
07/05/2021 11:58 ‧ 07/05/2021 por Lusa

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O censo nacional da vida selvagem de 2021 ajudará a "mudar o modelo de conservação que atenua os conflitos humanos com a vida selvagem, ao mesmo tempo que protege a subsistência das pessoas", sublinhou o ministro queniano do Turismo e Vida Selvagem, Najib Balala, na apresentação do plano.

Balala revelou a decisão de avançar com o censo na Reserva Natural das Colinas de Shimba, a cerca de 30 quilómetros da cidade costeira sudeste de Mombaça, que conta com uma população de várias centenas de elefantes, entre outras espécies.

"Este será o primeiro censo nacional de vida selvagem do Quénia realizado sobre vida selvagem terrestre e marinha", avançou o ministro.

O censo irá abranger a contagem, entre outros, de mamíferos terrestres, mamíferos de água doce, mamíferos marinhos, aves-chave, primatas ameaçados e répteis nas 47 províncias do Quénia.

"A indústria do turismo será a maior beneficiária do censo porque poderemos saber o que temos e, portanto, melhorar a experiência do produto dos nossos visitantes", disse a diretora do Departamento de Vida Selvagem, Safina Kwekwe, durante o evento de lançamento.

Entre outros meios, os peritos utilizarão um helicóptero "para assegurar um exame minucioso dos habitats da vida selvagem e assegurar que todos os animais visados sejam avistados e contados", explicou o diretor do Instituto de Formação em Investigação da Vida Selvagem, Patrick Omondi.

O Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quénia (KWS) acredita que o recenseamento também irá melhorar a eficácia dos esforços de conservação, ao determinar o número de animais, incluindo espécies ameaçadas, e a sua localização exata.

Em 2020, o Quénia celebrou um marco de conservação, ao registar zero mortes de rinocerontes, como resultado de uma abordagem multissetorial da segurança dos animais e combate caça furtiva.

A rica fauna selvagem do Quénia é um dos pilares económicos do país, que este não está a otimizar por não dispor de um conhecimento adequado do estado das populações de espécies selvagens.

Leia Também: Vêm aí os censos das gaivotas. E portugueses podem ajudar

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