Falando numa conferência de imprensa no final do Conselho Europeu, no Porto, Macron disse que a administração liderada por Joe Biden comunicou essa intenção aos parceiros europeus durante a manhã.
Em 2019, data da adoção do citado Apelo, os estados Unidos recusaram-se a subscrevê-lo.
"Aproveito para me congratular com a decisão americana de se juntar a nós no quadro do Apelo de ChristChurch", afirmou o Presidente francês.
O Apelo surgiu na sequência do ataque a duas mesquitas na cidade neozelandesa de ChristChurch, no qual morreram 51 muçulmanos.
O atentado foi perpetrado por um atirador, que aproveitou o Facebook para difundir o ataque, vídeo que se tornou viral.
No Apelo, trabalhado em conjunto por Macron e a primeira-ministra neozelandesa, Jacinta Ardern, as plataformas da internet - incluindo o Facebook (e as duas filiais WhatsApp e Instagram) e Google -- comprometem-se a combater "os conteúdos 'online' terroristas ou extremistas violentos.
Na próxima semana, anunciou Macron, realizar-se-á um novo encontro no âmbito deste Apelo, já subscrito por 52 países, 10 grandes empresas e plataformas mundiais da internet, no qual será levado à prática um "programa ambicioso" que permitirá ir mais longe no combate à difusão do discurso do ódio, nomeadamente trabalhando com algoritmos.
Em março passado, a União Europeia (UE) adotou um regulamento sobre a divulgação de conteúdos terroristas 'online' que permite a remoção rápida desses conteúdos e estabelece um instrumento comum para enfrentar ameaças.
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