Durante uma conferência de imprensa após uma reunião do comité de concertação belga, o primeiro-ministro, Alexander de Croo, apresentou o que chamou de "plano de verão", que considerou ser um "progresso considerável" que é possível graças aos "passos de gigante" que a Bélgica deu "nas últimas semanas".
"Quanto mais pessoas forem vacinadas, menos preocupações teremos e mais rapidamente poderemos retomar as nossas liberdades. Graças aos progressos na campanha de vacinação, passo a passo, de maneira prudente, vamos dirigir-nos para uma vida normal", frisou o primeiro-ministro belga.
Baseado em dois pilares -- o progresso na campanha de vacinação, e a situação nos hospitais e cuidados intensivos --, o "plano de verão" será implementado faseadamente, e começará a 09 de junho.
Nessa data, caso 80% das pessoas nos grupos de risco tenham sido vacinadas e o limite de 500 pessoas em cuidados intensivos não tenha sido atingido, as refeições no interior dos restaurantes e cafés poderão retomar, com um máximo de quatro pessoas por mesa, o que já não acontecia desde outubro de 2020, altura em que se decretou o encerramento da restauração, e cuja atividade só retomou com a reabertura das esplanadas este sábado.
No mesmo dia, voltarão também a reabrir os ginásios, cinemas e teatro, com um máximo de 200 pessoas na audiência ou o correspondente a 75% da capacidade da sala.
O número de contactos permitidos com pessoas que não fazem parte do agregado familiar aumenta também para quatro pessoas no interior.
No dia 01 de julho, o plano de verão avança para outra fase caso 60% dos adultos tenham recebido a primeira dose da vacina, e o limite das 500 pessoas nos cuidados intensivos continue sem ser ultrapassado.
Nessa data, o teletrabalho deixará de ser obrigatório -- ainda que se mantenha recomendado --, e todas as restrições ligadas ao comércio e prática de desporto não profissional são também levantadas.
Com outra etapa em 30 de julho, o objetivo é que o plano de verão permita que, a 01 de setembro, desapareça a maioria das medidas restritivas, caso 70% da população adulta tenha sido vacinada com as duas doses até, e que o limite das 500 pessoas nos cuidados intensivos continue sem ser ultrapassado.
Segundo Alexander de Croo, o objetivo é que, nessa data, se possa voltar a retomar "uma vida social plena".
O primeiro-ministro belga considerou que a possibilidade de as pessoas poderem fazer mais coisas do que previamente "é boa", mas alertou que o plano de verão só poderá ser implementado caso a situação nos hospitais se mantenha "sob controlo".
"O plano poderá ser implementado se todos os indicadores que estamos a seguir continuarem no 'verde'. E, por isso, nas próximas semanas, o comité de concertação continuará a seguir a situação de muito perto, mas é também um dever de todo nós continuarmos a fazer o máximo nas próximas semanas -- durante os meses de maio e de junho -- e respeitarmos ao máximo as regras", sublinhou De Croo.
A Bélgica registou, na última semana, uma média de 2,936 novos casos diários de covid-19 e 35 mortes.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.306.037 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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