"Tive uma conversa com Bibi Netanyahu. A minha esperança é que a situação seja resolvida o mais depressa possível, mas Israel tem o direito de se defender quando milhares de 'rockets' são disparados contra o seu território", informou Biden.
Quase 1.500 'rockets' foram disparados desde a Faixa de Gaza contra várias cidades israelitas, desde segunda-feira, quando do início da escalada militar entre o movimento islâmico xiita Hamas e Israel, de acordo com as autoridades israelitas.
O novo surto de violência, o mais intenso em sete anos, já fez cerca de 100 mortos de ambos os lados, incluindo crianças, entre os 'rockets' lançados pelo Hamas e os ataques israelitas.
Na noite de hoje, num subúrbio de Tel Aviv, uma multidão de israelitas ultranacionalistas arrastou um homem de um carro, pensando que se tratava de um árabe, e espancaram-no até que este caiu no chão, imóvel e ensanguentado.
Na cidade de Tiberíades, no norte de Israel, um vídeo nas redes sociais mostra várias pessoas agitando bandeiras e atacando automóveis, revelando que a onda de violência continua a agravar-se em vários pontos do país.
Ainda hoje, os Estados Unidos anunciaram o envio de um emissário a Israel e aos territórios palestinianos para exortar de novo à redução da escalada das violências nos últimos dias, e apelaram ao Estado judaico para "evitar vítimas civis".
Hady Amr, alto responsável do departamento de Estado norte-americano responsável pelos assuntos israelitas e palestinianos, terá por missão exortar, "em nome do Presidente Biden, uma redução da escalada da violência", declarou o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, perante os media.
O secretário de Estado norte-americano acrescentou que também falou hoje telefonicamente com Netanyahu, a quem "reiterou o apelo para uma redução das tensões e para o fim da violência".
Ao confirmar "o forte apoio dos Estados Unidos ao direito de autodefesa de Israel", Blinken também "sublinhou a necessidade de israelitas e palestinianos poderem viver em segurança" e "desfrutar em paz a liberdade, segurança, prosperidade e democracia".
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reuniu-se com o seu homólogo israelita, Benny Gantz, para também apelar a "todas as partes envolvidas" para "tomar medidas para restaurar a calma".
Antony Blinken voltou a condenar os ataques do Hamas a Israel e considerou que "qualquer morte de civis" é "uma tragédia".
"Acho que Israel tem o dever de tentar fazer tudo para evitar baixas de civis, mesmo que tenha o direito de defender o seu povo", disse o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando ter ficado comovido com as imagens de morte de crianças palestinianas.
Perante as críticas à atitude do Governo de Joe Biden, acusado de não se querer envolver no conflito entre Israel e a Palestina, o secretário de Estado garantiu que os Estados Unidos estão "totalmente envolvidos" com "todas as partes, incluindo com os palestinianos".
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