Nas últimas horas, os voos com destino ao aeroporto internacional Ben Gurion na capital israelita, Telavive, foram desviados para o aeroporto de Ramon, perto de Eilat, na zona sul do país, local para onde o Hamas diz ter lançado este 'rocket' de grande potência.
O anúncio do lançamento do 'rocket' foi avançado pelo porta-voz do comandante das Brigadas al-Qassam (o braço armado do Hamas), Mohammed Deif, afirmando tratar-se de uma "retaliação" aos ataques israelitas.
O aeroporto de Ramon fica localizado a mais de 200 quilómetros da Faixa de Gaza, enclave palestiniano habitado por cerca de dois milhões de pessoas e controlado pelo Hamas desde 2007.
O movimento islamita "apela às companhias aéreas internacionais para interromperem imediatamente os voos para qualquer aeroporto" em Israel, acrescentou o mesmo porta-voz.
No início desta semana, os voos com partida do aeroporto israelita Ben Gourion, o mais importante do país, foram temporariamente suspensos devido aos primeiros disparos de 'rockets' realizados pelo Hamas em direção a Telavive.
As companhias aéreas norte-americanas American Airlines e United Airlines confirmaram hoje à agência France-Presse (AFP) que suspenderam os seus voos para Israel até pelo menos 15 de maio.
A luta entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional.
Desde segunda-feira, o exército israelita indicou ter realizado 600 bombardeamentos na Faixa de Gaza, território exíguo sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.
Num balanço dos ataques, o Hamas deu hoje conta de 83 mortos, incluindo 17 crianças, e 487 outras pessoas feridas.
As milícias do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam cerca de 1.600 'rockets' contra território israelita, que mataram sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e deixaram feridas centenas.