"Não haverá reunião do Conselho de Segurança da ONU amanhã [sexta-feira]", garantiu à AFP um porta-voz chinês, cujo país preside atualmente a esse órgão das Nações Unidas.
Segundo vários dos diplomatas contactados pela agência de notícias francesa, os Estados Unidos não estão de acordo com a reunião, por videoconferência, uma vez que Washington pretende que a reunião seja realizada terça-feira da próxima semana, o que retirará o caráter de urgência da reunião.
A realização deste tipo de reuniões de urgência por videoconferência requer o consenso dos 15 Estados membros do Conselho de Segurança.
Os norte-americanos apoiam a posição do seu aliado israelita, que recusa o envolvimento da ONU.
Nas sucessivas posições desde o início da crise, os Estados Unidos reafirmaram o direito de Israel de se defender contra os disparos de foguetes do movimento islâmita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mas também exigiram a redução da escalada militar.
Washington apelou ainda a Israel para que faça "todos os possíveis para evitar a morte de civis".
A nova onda de violência já provocou a morte de 87 palestinianos, entre eles 18 crianças e oito mulheres, indicou o Ministério da Saúde do enclave.
Do lado israelita, o número de mortos mantém-se em sete, após a morte, quarta-feira, de uma criança de cinco anos.
Hoje, Israel posicionou tanques e blindados ao longo da fronteira com o enclave palestiniano.
O conflito entre Israel e o Hamas está a ser acompanhado por outra onda de violência entre judeus e árabes em várias cidades israelitas.
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