Para a Amnistia Internacional (AI), que está profundamente preocupada com o número crescente de mortos resultantes destes ataques na Faixa de Gaza, que já custaram a vida a mais de 180 pessoas, desde sexta-feira, trata-se de "crimes de guerra".
No sábado, vários ataques aéreos israelitas contra a Faixa de Gaza resultaram na morte de uma família de 10 pessoas (duas mulheres e oito crianças), no campo de refugiados de al-Shati.
Também o edifício que albergava a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), a Al-Jazeera e outros meios de comunicação social foi atacado, após um aviso de que tal iria acontecer.
A AI escreveu na rede social Twitter que o Tribunal Penal Internacional deve investigar o ataque de Israel ao campo de refugiados de al-Shati, lembrando que "os ataques diretos a civis são crimes de guerra".
Acrescentou que o ataque ao edifício dos meios de comunicação social "deve também ser investigado como um crime de guerra".
"O ataque enquadra-se num padrão de punição coletiva da população palestiniana, por parte de Israel".
O reacender do conflito começou em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
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