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EUA sancionam três pessoas por financiamento do Estado Islâmico

Os Estados Unidos sancionaram hoje três pessoas por ajudarem a financiar o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), permitindo a sobrevivência desta organização na Síria e no Iraque mesmo depois de ter perdido controlo sobre os territórios que ocupou.

EUA sancionam três pessoas por financiamento do Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

18:01 - 17/05/21 por Lusa

Mundo Estado Islâmico

Os sancionados foram Alaa Khanfurah, Ibrahim al-Fay e o irmão deste, Idris al-Fay, atualmente detidos pelas autoridades iraquianas e cuja empresa, designada como Al-Fay, também foi sancionada, adiantou o Departamento do Tesouro, em comunicado.

De acordo com a mesma fonte, os três homens e a empresa em causa tiveram "um papel fundamental" nas atividades económicas do EI, já que foram responsáveis pelas ligações do grupo extremista a uma rede internacional de donativos, além de terem ajudado os 'jihadistas' a aceder ao sistema financeiro do Médio Oriente.

Mesmo depois de ter perdido controlo sobre a maior parte do território que controlava na Síria e no Iraque, o EI continuou a obter receitas, sobretudo através de extorsões de empresas locais, saques e sequestros.

Segundo o Tesouro norte-americano, o EI recebia dezenas de milhões de dólares no Médio Oriente, sendo que, para administrar esses recursos, os 'jihadistas' terão pedido ajuda aos três homens sancionados, bem como a empresas dedicadas a câmbios e envio de mensagens, entre outros negócios.

Especificamente, Washington acusa Khanfurah de ter usado a sua empresa, cuja sede se situa na Turquia, para enviar milhares de dólares a líderes do grupo 'jihadista' entre 2019 e 2020.

Os Estados Unidos também afirmam que os irmãos Al-Fay usaram a empresa familiar para enviar dinheiro ao EI e que um dos irmãos, Idris, ocupou cargos de liderança na rede Al-Qaida e no EI.

De acordo com as sanções impostas pelos Estados Unidos, todos os ativos que os três homens possam ter no país ficam congelados, além de ficarem proibidos de fazer transações financeiras com qualquer cidadão norte-americano, o que, em tese, dificulta o acesso ao sistema financeiro internacional, baseado no dólar.

Leia Também: Estado Islâmico reivindica a morte de 31 soldados em ataques no Níger

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