Médio Oriente: Papa agradece cessar-fogo e pede diálogo

O Papa Francisco agradeceu hoje o anúncio do cessar-fogo entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas, após 11 dias de combates, e disse esperar que encontrem o caminho do diálogo e da paz.

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© Grzegorz Galazka/Archivio Grzegorz Galazka/Mondadori Portfolio via Getty Images

Lusa
21/05/2021 12:14 ‧ 21/05/2021 por Lusa

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"Penso no que está a acontecer na Terra Santa. Dou graças a Deus pela decisão de parar os confrontos e espero que sigam os caminhos do diálogo e da paz", disse Francisco ao receber um conjunto de embaixadores que lhe apresentaram as cartas credenciais.

O Papa disse que no sábado os católicos da "Terra Santa" celebrarão a Vigília de Pentecostes com os fiéis na igreja de Santo Estêvão em Jerusalém e que implorarão "o dom da paz", aproveitando para pedir "a todos os pastores e fiéis da Igreja Católica para se juntarem a eles em oração".

"Que a súplica ao Espírito Santo se eleve em cada comunidade para que israelitas e palestinianos encontrem o caminho do diálogo e o perdão, para serem pacientes construtores da paz e justiça, abrindo-se passo a passo a uma esperança comum, à convivência entre irmãos", adiantou, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

No passado domingo, Francisco tinha reiterado a sua preocupação com o aumento da violência entre Israel e a Faixa de Gaza, considerando que corria o "risco de se converter numa espiral de morte e destruição".

"Muitas pessoas ficaram feridas e muitos inocentes morreram. Entre eles também há crianças, o que é terrível e inaceitável. A sua morte é um sinal de que não querem construir o futuro, mas destruí-lo", criticou na altura.

O cessar-fogo, anunciando primeiro por Israel e depois pelo Hamas, no poder na Faixa de Gaza, entrou em vigor às 02:00 locais (meia-noite em Lisboa). A trégua pôs fim a 11 dias de bombardeamentos israelitas ao enclave palestiniano e de lançamento de 'rockets' por grupos armados em Gaza contra território do Estado hebreu.

O novo ciclo de violência causou a morte de pelo menos 232 pessoas no enclave palestiniano, entre as quais 64 menores, e de 12 em território israelita, incluindo dois menores.

Leia Também: Papa Francisco critica "padres que abençoam armas"

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