"As autoridades comportaram-se comigo de forma totalmente adequada e respeitando a lei, continuo a colaborar com os investigadores e a fazer uma confissão a respeito da organização de distúrbios massivos", disse Protasevich, através de um vídeo em que estava a expressar sentado em frente a uma mesa, de frente para a câmara.
As predicted by @RyhorAstapenia in my article today (see below), arrested journalist Roman Prostasevich has already been rolled out in confession video. He says no problems with health, good treatment — but it's clear he’s not in a position to say otherwise. https://t.co/9L6R3Kh5A4 pic.twitter.com/gajDdKnPmg
— Oliver Carroll (@olliecarroll) May 24, 2021
Jornalista e 'blogger', Roman Protasevich, de 26 anos, é um dos principais opositores do regime presidido por Aleksandr Lukashenko, desde que era adolescente.
Para a pretendida detenção, Lukashenko forçou o desvio de um avião comercial da Ryanair para Minsk, que voava desde Atenas (Grécia) para a capital da Lituânia, Vílnius.
O delito mais recente da vítima de Lukashenko foi ter sido diretor dos Telegram Nexta e Nexta Live, que foram decisivos na organização dos protestos contra o dirigente do regime de Minsk depois das eleições presidenciais fraudulentas de agosto de 2020 e para a denúncia da repressão violenta das manifestações pacíficas.
Desde novembro que Roman Protasevich era considerado um "terrorista" pelas autoridades bielorrussas.
Exilado na Lituânia, Protasevich é perseguida na Bielorrússia por "organização de tumultos massivos", um crime punível com até 15 anos de prisão.
Os ocidentais e os críticos do regime de Lukashenko denunciaram o desvio da aeronave, que foi classificado, inclusive, como "terrorismo do Estado".
Vários países ocidentais e elementos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), incluindo Portugal condenaram o desvio do avião e a detenção de Protasevich.
O espaço aéreo foi interditado a aviões bielorrussos e deverão ser aplicadas sanções.
Leia Também: Ministério do Interior diz que opositor "está numa prisão em Minsk"