Além disso, o Conselho de Ministros deliberou impor duas novas cercas sanitárias nas regiões de Bobonaro e Viqueque, também até 01 de junho, data em que termina o atual período de 30 dias de estado de emergência.
"É proibida a circulação de pessoas entre os municípios de Baucau, de Bobonaro, de Covalima, de Díli e de Viqueque e as demais circunscrições administrativas, salvo em casos devidamente fundamentados por razões de segurança pública, saúde pública, assistência humanitária, manutenção dos sistemas de abastecimento público ou de realização do interesse público", refere o Governo em comunicado.
O executivo já tinha pedido ao Presidente da República a extensão do estado de emergência até ao final de junho -- o assunto foi hoje debatido pelo Conselho de Estado e pelo Conselho Superior de Defesa e Segurança --, podendo tanto as cercas como o confinamento obrigatório em Díli ser alargadas posteriormente.
No caso de Díli, continua a imposição de confinamento domiciliário geral, com as regras que já estavam em vigor, e que obrigam, por exemplo, ao fecho de várias lojas e atividades e a que hotéis e restaurantes só possam servir refeições em 'take-away' ou entrega.
"Regista-se apenas uma alteração, passando a ser permitida a realização de celebrações coletivas de cariz religioso e outros eventos coletivos de culto, desde que as pessoas presentes nas cerimónias mantenham uma distância de, pelo menos, um metro relativamente a terceiros com quem não vivam em economia comum e permaneçam com máscara facial que cubra o nariz e a boca", nota o Governo.
A decisão do Governo foi adotada, explica o executivo, depois de uma análise a uma apresentação dos coordenadores do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC), sobre "o ponto da situação epidemiológica em Timor-Leste".
O Presidente da República deverá solicitar hoje ou na quinta-feira ao Parlamento Nacional a renovação do estado de emergência por mais 30 dias, que terá que ser debatida ainda esta semana.
Caso seja aprovada a extensão, o chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, declarará novo período de estado de exceção e o Governo fará novos diplomas detalhando as medidas a aplicar.
Timor-Leste vive atualmente o pior momento da pandemia, com 14 mortes de pessoas infetadas com covid-19, incluindo três fora de unidades hospitalares, e números recorde de infeções e hospitalizações.
Atualmente, há 2.666 casos ativos, a grande maioria em Díli, e o total acumulado desde o inicio da pandemia é de 6.014.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.021 pessoas dos 845.840 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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