Num comunicado, o secretário-geral da organização pan-árabe, Ahmed Abul Gheit, considerou a decisão "um passo importante para fortalecer as relações" entre Washington e os palestinianos.
O responsável disse que a reabertura "retifica um erro" cometido pela anterior administração norte-americana, presidida por Donald Trump, ao encerrar o consulado "que foi durante décadas uma ponte diplomática entre os Estados Unidos e a Palestina".
"A mudança reflete uma abordagem positiva por parte da atual administração norte-americana", do Presidente Joe Biden, "especialmente no que diz respeito ao claro reconhecimento da solução de dois Estados como a única forma de resolver o conflito israelo-palestiniano", refere o comunicado, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Na terça-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, que a administração Biden vai reabrir um consulado para os palestinianos em Jerusalém.
Durante uma conferência de imprensa na sede da Autoridade Palestiniana em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, Blinken anunciou que ia pedir ao Congresso a disponibilização de 61 milhões de euros para os palestinianos e a reabertura do consulado.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos esteve esta semana na região para apoiar a trégua entre o movimento islâmico palestiniano Hamas e as forças de Israel, após 11 dias de guerra, que causaram a morte de mais de 250 pessoas, a grande maioria palestinianas.
Numa mudança relevante em relação à anterior administração dos Estados Unidos, próxima da direita israelita e que antagonizou os palestinianos, Blinken mostrou uma posição mais equilibrada em relação ao conflito israelo-palestiniano e reafirmou a posição norte-americana tradicional a favor da solução de dois Estados.