A decisão, anunciada na noite de quinta-feira, surgiu depois de uma reunião de emergência deste órgão, que decidiu "fazer uma investigação factual", já que é de elevada "importância" perceber o "que aconteceu" e "se houve uma violação do direito internacional da aviação por um Estado-membro" da OACI, "incluindo da Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional e seus anexos".
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se, na quarta-feira, também de emergência, para analisar esta questão, e os países europeus membros deste órgão, assim como Washington, tinham exigido à OACI uma investigação "urgente" para apurar as circunstâncias do desvio do avião comercial.
Em causa está o desvio para Minsk de um avião da Ryanair que fazia a ligação entre Atenas, capital da Grécia, e Vílnius, capital da Lituânia, e consequente detenção do jornalista e crítico do regime bielorrusso Roman Protasevich, de 26 anos, e da namorada.
De Portugal aos Estados Unidos, vários países condenaram e ameaçaram a Bielorrússia com sanções.
A União Europeia decidiu na terça-feira encerrar o espaço aéreo dos Estados-membros a aviões da Belavia, na sequência das detenções de Protasevich e da namorada.
O opositor, que conseguiu utilizar várias plataformas para contornar Minsk e fazer frente ao regime, foi visto pela última vez na segunda-feira a dizer que estava a colaborar com as autoridades e a "fazer uma confissão", através de um vídeo transmitido pela televisão pública bielorrussa.
Minsk diz que havia uma ameaça de bomba credível a bordo do avião desviado, mas tudo indica que não passou de um engodo para conseguir a detenção de Protasevich.
O Kremlin está a apoiar o regime do Presidente, Aleksandr Lukashenko.
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