Venezuela inicia este fim de semana "vacinação em massa" da população

A Venezuela vai arrancar este fim de semana com a "vacinação em massa" da população contra a covid-19, em 27 centros adaptados para a imunização, anunciou na sexta-feira o ministro da Saúde venezuelano, Carlos Alvarado.

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Lusa
29/05/2021 06:10 ‧ 29/05/2021 por Lusa

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Covid-19

 

"Para este fim de semana, que é o início, vamos começar com 27 postos de vacinação, mas na próxima semana vamos aumentá-los progressivamente, até atingirmos, inicialmente, 77 postos, que são, insisto, postos de vacinação em massa", disse Alvarado ao canal de televisão estatal VTV, citado pela agência de notícias espanhola Efe.

O ministro, que falava após semanas de queixas sobre a lentidão do processo de vacinação, explicou que estes centros terão a capacidade de vacinar entre 600 a 1.000 pessoas por dia.

De acordo com o governante, os postos são necessários "para cumprir o objetivo - 70% da população vacinada, 22 milhões de pessoas - até dezembro, contando com a chegada de novas vacinas".

O ministro explicou que o processo de vacinação será coordenado através da plataforma Sistema Pátria, utilizada pelo Governo para conceder ajuda social, um sistema que tem sido questionado pela oposição venezuelana, que considera que é utilizado para o "controlo" da sociedade.

O ministro assegurou que o sistema, com 21 milhões de inscritos, funcionará de forma aleatória, tendo em conta setores prioritários.

As pessoas serão convocadas através de mensagem de texto, quando o sistema as selecionar, para se deslocarem a um centro de vacinação.

Os que não quiserem registar-se na plataforma vão poder fazê-lo no portal do Ministério da Saúde, a partir de hoje.

O ministro informou que as autoridades já administraram "um pouco mais de um milhão de vacinas" aos venezuelanos, mas não esclareceu quantas o país recebeu.

"Estamos confiantes (...) de que já temos, com diferentes fontes de vacinas no mundo, a quantidade suficiente (...). Esperemos que cheguem todas no tempo previsto", disse, pedindo paciência e culpando as sanções económicas pelo atraso.

Alvarado disse que "ninguém" "quer vender vacinas" à Venezuela, devido às sanções económicas dos Estados Unidos ao Governo de Nicolás Maduro.

"Muitos países recusaram vender-nos vacinas (...), temem que, se venderem vacinas à Venezuela, sejam sancionados", acusou.

A Venezuela diagnosticou no último dia 1.319 novos casos de covid-19 e 19 mortos, elevando para 230.147 o total de infeções desde o início da pandemia e acumulando 2.595 óbitos, informaram na sexta-feira as autoridades.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.513.088 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Venezuela: Argentina deixa de apoiar ação judicial no TPI

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