"Regime de Lukashenko é agora uma ameaça à segurança regional e europeia"

O povo da Bielorrússia está pronto para uma longa luta para conseguir eleições livres e justas e aceitará sanções mais duras, mesmo que afetem o seu quotidiano, disse hoje a líder da oposição Svetlana Tikhanovskaya.

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Lusa
31/05/2021 12:53 ‧ 31/05/2021 por Lusa

Mundo

Svetlana Tikhanovskaya

Falando à imprensa em Riga, ao lado da Presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, a opositora bielorrussa exilada na Lituânia declarou que o reforço das sanções contra o regime do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, pode ser aceite "porque as pessoas já estão a sofrer, têm medo de sair à rua, têm medo em casa".

Após o desvio de um avião comercial para Minsk no passado dia 23 para deter um jornalista dissidente, Roman Protasevich, a União Europeia evocou sanções contra a Bielorrússia que afetarão setores económicos ligados a Lukashenko, como o da indústria do potássio, e os Estados Unidos planeiam sanções que afetarão setores como o petroquímico.

"Lukashenko conduziu a Bielorrússia para a autodestruição para conseguir glória e poder pessoal. O seu regime é agora uma ameaça à segurança regional e europeia", adiantou a líder da oposição, citada pela agência noticiosa espanhola EFE.

Tikhanovskaya, que disputou, em agosto, a presidência em eleições ganhas por Lukashenko e que a oposição considerou fraudulentas, disse que o desvio do avião interrompeu um período em que a comunidade internacional deu pouca atenção à Bielorrússia.

Desde dezembro que a atenção se centrou noutros assuntos, o que criou um "clima de impunidade" que permitiu a Lukashenko sequestrar um avião e prender um jornalista, disse a opositora, considerando que o incidente mostra que os opositores bielorrussos não estão seguros em nenhum lugar da Europa.

"Os advogados puderam visitar Roman e ficou claro que o espancaram e torturaram e têm de o libertar, mas também têm de libertar centenas de outros presos políticos", adiantou aos jornalistas.

Tikhanovskaya disse não estar preocupada por as sanções e os protestos poderem aproximar Lukashenko da Rússia, considerando que "o nível de dependência do Kremlin já é alto e o povo da Bielorrússia lutará para manter a sua independência".

A visita da opositora à Estónia, o único país báltico que não tem fronteiras com a Bielorrússia, acontece depois de Lukashenko se encontrar no fim de semana com o seu principal aliado, o Presidente russo, Vladimir Putin.

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