Bielorrússia: Líder da oposição inaugura memorial de liberdade na Polónia

A líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanovskaia, ajudou hoje a inaugurar um monumento ao Solidariedade, o sindicato polaco e movimento de libertação que desempenhou um papel histórico no colapso do comunismo no leste da Europa.

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Lusa
04/06/2021 15:37 ‧ 04/06/2021 por Lusa

Mundo

Bielorrússia

 

A principal candidata da oposição, que desafiou o atual Presidente, Alexander Lukashenko, nas eleições do ano passado, compareceu na inauguração ao lado do presidente da Câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski.

Em conferência de imprensa, Tikhanovskaia afirmou que a luta pela liberdade na Polónia tem sido uma inspiração para a população bielorrussa.

"A história do movimento polaco Solidariedade é especialmente próxima e importante para a Bielorrússia. Estes eventos inspiraram os bielorrussos, tanto os que ocorreram na época da União Soviética, como depois, quando uma nova ditadura emergiu no nosso país e os bielorrussos começaram a contar com a experiência dos nossos vizinhos para a combater", apontou.

O monumento é composto por letras grandes que reproduzem o logótipo icónico do Solidariedade e é inaugurado no dia em que se assinala o 32.º aniversário das primeiras eleições parcialmente livres na Polónia, após décadas de comunismo, uma conquista desse movimento.

Tikhanoskaia reuniu-se na quinta-feira com bielorrussos que vivem no exílio e foi recebida por uma multidão de bielorrussos e polacos, muitos dos quais têm um forte sentimento de apoio à luta pela liberdade na Bielorrússia, a nação eslava na fronteira oriental.

Ainda hoje, a líder da oposição encontrou-se com o Presidente polaco, Andrzej Duda.

Tikhanovskaia, que termina a visita oficial à Polónia no sábado, expressou a sua gratidão ao povo polaco e aos governos em todos os níveis por apoiarem a luta da Bielorrússia contra a ditadura.

Alexander Lukashenko enfrentou inéditas manifestações em massa após a sua reeleição para um quinto mandato em agosto de 2020, com 80% dos votos. A oposição considerou o escrutínio fraudulento, tal como vários países ocidentais.

Recusando qualquer concessão, o chefe de Estado bielorrusso prendeu ou forçou ao exílio a maioria dos seus opositores e denuncia manifestações conduzidas pelo Ocidente para o derrubar.

A repressão violenta do movimento de contestação causou vários mortos e várias centenas de pessoas foram detidas.

Leia Também: UE fecha espaço aéreo e aeroportos a companhias bielorrussas

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