Na sua conferência de imprensa diária, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, reagiu à decisão da plataforma de trocar a proibição por tempo indeterminado por um veto de dois anos ao antigo líder do país, decidindo em 2023 sobre o seu possível regresso à rede.
"Aprendemos muito sobre o ex-presidente Trump nos últimos anos, sobre o seu comportamento e sobre como usa essas plataformas. Parece bastante improvável que possa mudar em dois anos. Veremos", disse Psaki.
A porta-voz do atual presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, considerou que as redes sociais e plataformas "que espalham informação para milhões de norte-americanos têm a responsabilidade de castigar a desinformação e a informação falsa, seja sobre as eleições ou sobre as vacinas".
A rede social Facebook anunciou hoje que vai banir o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump por dois anos, depois de o seu conselho consultivo ter pedido a revisão da proibição por tempo indeterminado.
As contas de Trump no Facebook e no Instagram permanecem encerradas desde o ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro, perpetrado por milhares de apoiantes do ex-Presidente, que foi julgado (e absolvido) no Senado dos EUA por "incitamento à insurreição".
A empresa anunciou hoje, em comunicado, que suspende as contas de Trump por dois anos, com efeito a partir de 07 de janeiro, altura em que retirou o acesso do ex-Presidente às redes sociais Facebook e Instagram (ambas propriedade da organização).
"No final desse período, procuraremos especialistas para avaliar se o risco para a segurança pública diminuiu. Avaliaremos fatores externos, incluindo casos de violência, restrições a reuniões pacíficas e outros marcadores de agitação civil", explicou Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais do Facebook.
O antigo presidente dos EUA, Donald Trump, considerou entretanto que a suspensão de dois anos aplicada pelo Facebook à sua conta é um "insulto" aos "75 milhões" de norte-americanos que votaram na sua candidatura em 2020.
"A decisão do Facebook é um insulto" aos "75 milhões de pessoas que votaram em nós em 2020", afirmou o antigo presidente, em comunicado, acrescentado que a rede social "não devia escapar incólume a tal ato de censura".
"Acabaremos por vencer. O nosso país não pode tolerar estes abusos", concluiu Donald Trump.
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