"O país registou menos de 200 mil casos diários nos últimos dez dias. Isso é o resultado da colaboração e esforços contínuos do Governo central e das regiões", informou hoje o Ministério da Saúde da Índia num comunicado.
Essa queda no número de novas infeções não era observada na Índia desde o último dia 06 de abril, quando se registou cerca de 97 mil casos.
Posteriormente a esta data, houve um aumento sucessivo de contágios que logo levaria ao colapso do sistema de saúde, com hospitais sem camas suficientes nos cuidados intensivos ou oxigénio medicinal para cuidar dos pacientes mais graves.
Essa queda drástica das infeções não se refletiu numa queda acentuada nas mortes, com 2.677 óbitos registados hoje, cerca de 700 a menos em relação a sábado (e 4.500 mortos diários em finais de maio), elevando o total de mortes para 346.759, um número superado apenas pelos Estados Unidos e Brasil.
O número total de infeções ascendeu a 28,8 milhões na Índia, dos quais 5,1% são casos ativos (1,4 milhões).
A região indiana mais afetada pela pandemia é o oeste de Maharashtra, cuja capital é Bombaim, que, como o resto do país, experimentou um declínio acentuado nos casos diários: de quase 70 mil no final de abril para os atuais 13.600.
Essa situação levou as autoridades locais a anunciarem o início do desconfinamento na região a partir de segunda-feira, com diferentes níveis de levantamento das restrições por bairros em função de sua taxa de casos positivos e do número de camas nos cuidados intensivos e sistemas de oxigénio acessíveis.
A campanha de vacinação continua a ser a principal opção para vencer a pandemia do SARS-CoV-2 na Índia (que tem 1,35 mil milhões de habitantes), mas esta avança lentamente, com 231 milhões de doses administradas desde janeiro, 3,3 milhões no último dia.
Cerca de 46 milhões de pessoas já receberam as duas doses da vacina.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.714.923 mortos no mundo, resultantes de mais de 172 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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