China alerta Estados Unidos após anúncio sobre negociações com Taiwan

O Governo chinês alertou hoje os Estados Unidos contra a perspetiva de um acordo comercial com Taiwan, um dia após o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter feito um anúncio nesse sentido.

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Lusa
08/06/2021 12:25 ‧ 08/06/2021 por Lusa

Mundo

Antony Blinken

 

"Sei que estamos a ter discussões com Taiwan, ou que as começaremos em breve, sobre alguma forma de acordo-quadro", disse o secretário de Estado dos EUA durante uma audiência parlamentar em Washington.

No entanto, Blinken remeteu para a Representante do Comércio dos EUA, Katherine Tai, quaisquer detalhes sobre essas negociações futuras.

Este anúncio foi condenado pela China, que considera Taiwan parte do seu território, apesar de a ilha funcionar como uma entidade soberana.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, pediu a Washington que "acabe com todas as formas de contacto oficial com Taiwan, trate a questão de Taiwan com cautela e evite enviar sinais errados às forças independentistas de Taiwan".

O anúncio de Anthony Blinken ocorre numa altura em que os Estados Unidos e a China continuam envolvidos numa guerra comercial, iniciada em 2018 pelo então Presidente dos EUA, Donald Trump.

Washington rompeu relações diplomáticas com Taipé em 1979 e passou a reconhecer Pequim como o único representante oficial da China.

Mas os Estados Unidos continuam a ser o aliado mais poderoso de Taiwan e o seu principal fornecedor de armas.

"Taiwan deve ter meios para se defender", reafirmou Antony Blinken, na segunda-feira.

"Continuamos a fornecer equipamento significativo a Taiwan para este fim", acrescentou, citando "preocupações reais sobre a crescente agressividade de Pequim".

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Taiwan tornou-se, entretanto, numa democracia com uma forte sociedade civil, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação pela força.

 

Leia Também: Covid-19: China promete mais ajuda aos países do sudeste asiático

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