Quignolot, que foi detido em 10 de maio na capital, foi "colocado sob uma ordem de internamento, em prisão preventiva" e a investigação foi confiada a "um juiz de instrução que considerou que as acusações eram graves", disse Eric Didier Tambo, procurador do Ministério Público no Tribunal de Recurso de Bangui.
O cidadão francês enfrenta "trabalhos forçados para toda a vida", de acordo com o magistrado.
"As acusações são espionagem, posse ilegal de armas de guerra e de caça, associação criminosa, minar a segurança interna do Estado e conspiração", acrescentou Tambo, sem, contudo, detalhar por que países ou organizações Quignolot é acusado de espionagem.
Fotografias da sua prisão foram divulgadas em redes sociais, mostrando o francês com as mãos atadas atrás das costas, junto a um grande arsenal.
O Governo acusou-o de ter "uma enorme quantidade de armas de guerra" e de se apresentar como um "jornalista".
Dois dias depois, Paris denunciou a sua detenção e a sua cobertura mediática como uma "instrumentalização clara (...) através de redes de desinformação ligadas à promoção de interesses bem identificados que estão habituados a visar a presença e a ação da França na República Centro-Africana".
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