"Disse claramente que não toleraremos tentativas de violação da nossa soberania democrática ou de desestabilização das nossas eleições democráticas, e que responderemos", declarou Joe Biden em conferência de imprensa após o seu encontro com Putin.
O chefe da Casa Branca também indicou ter abordado questões relacionadas com os direitos humanos, incluindo os casos de dois norte-americanos que considerou estarem "erradamente detidos" na Rússia.
Biden manifestou preocupações sobre casos como Alexei Navalny, o líder da oposição a Putin que se encontra numa colónia penal, e que prosseguirá a abordar questões sobre "direitos humanos fundamentais, porque é isso que nós somos".
Na conferência de imprensa, o Presidente norte-americano optou assim por denunciar as "comparações ridículas" de Putin sobre os direitos humanos.
Ao responder a uma longa argumentação do seu homólogo, Biden considerou que o seu interlocutor de hoje estabeleceu uma falsa equivalência entre um ataque "de criminosos" ao Capitólio em Washington e as manifestações pacíficas de pessoas privadas da sua liberdade de expressão na Rússia.
O Presidente dos EUA também transmitiu a Putin a possibilidade de cooperação em "áreas de estabilidade estratégica", segundo as suas declarações após o encontro de cerca de três horas com o líder do Kremlin.
Neste contexto, assegurou que Putin "não procura uma Guerra fria" com os Estados Unidos, e numa referência a recentes ataques informáticos nos Estados Unidos alegadamente provenientes da Rússia, disse ter explicado ao seu homólogo que "certas infraestruturas críticas deverão permanecer intocáveis, seja por meios cibernéticos ou outros".
"Forneci-lhe uma lista" de 16 entidades específicas que abrangem "desde o setor da energia aos nossos sistemas de distribuição de água", destacou Biden.
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