Hamas considera corte de eletricidade em Gaza "chantagem inaceitável"

O grupo islamita palestiniano Hamas qualificou como "chantagem inaceitável" a ordem de Israel para o corte imediato do fornecimento de eletricidade à Faixa de Gaza, anunciada hoje, com vista à libertação de mais reféns.

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© Ahmad Salem/Bloomberg via Getty Images

Lusa
09/03/2025 22:40 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Cortar a eletricidade, encerrar passagens fronteiriças, interromper a ajuda, o socorro e o combustível e deixar morrer de fome o nosso povo constitui um castigo coletivo e um crime de guerra em toda a linha", defendeu o Hamas, num comunicado citado pela agência EFE, em referência a uma ordem anterior de Israel, que bloqueou a entrada de qualquer tipo de ajuda ou alimento em Gaza desde 02 de março.

 

O ministro israelita da Energia, Eli Cohen, anunciou, numa mensagem em vídeo divulgada na rede social X (antigo Twitter), ter ordenado hoje o corte imediato do fornecimento de eletricidade à Faixa de Gaza por parte da Corporação Elétrica de Israel.

O governante referiu que Israel utilizará "todos os meios à sua disposição para garantir o regresso de todos os reféns israelitas" e que "o Hamas não permanecerá em Gaza depois da guerra".

Para aquele grupo islamita, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "procura travar o acordo [de cessar-fogo], que o mundo testemunhou, tentando impor um novo guião que sirva os seus interesses pessoais à custa das vidas dos prisioneiros da ocupação [reféns israelitas] e sem ter em conta os pedidos das suas famílias".

Israel ordena corte do fornecimento de eletricidade na Faixa de Gaza

Israel ordena corte do fornecimento de eletricidade na Faixa de Gaza

Numa tentativa de aumentar a pressão sobre o Hamas. 

Notícias ao Minuto com Lusa | 16:01 - 09/03/2025

Centenas de israelitas voltaram a manifestar-se hoje em frente ao Ministério da Defesa, em Tel Aviv, exigindo que Netanyahu se comprometa a manter o acordo que permita a libertação dos mais de 60 reféns que ainda estão em Gaza.

Israel irá enviar na segunda-feira uma delegação a Doha para discutir o cessar-fogo em Gaza, a convite dos mediadores norte-americanos, anunciou no sábado o Governo israelita, em comunicado.

O Hamas reiterou na quinta-feira o seu compromisso com as negociações para a segunda fase do acordo de cessar-fogo, dado o aparente impasse nas negociações indiretas com Israel.

A parte israelita defende um prolongamento da primeira fase do acordo até meados de abril e exige a "desmilitarização total" da Faixa de Gaza, a saída do Hamas do território e o regresso dos últimos reféns antes de se passar à etapa seguinte.

O Hamas, por sua vez, exige a implementação da segunda fase do acordo, que deverá conduzir a um cessar-fogo permanente, e insiste em permanecer na Faixa de Gaza, onde governa desde 2007.

Na primeira fase, que terminou em 01 março, após 42 dias em vigor, 33 reféns israelitas (oito dos quais mortos) foram libertados em troca de quase 1.800 prisioneiros palestinianos nas cadeias de Israel.

Permanecem ainda 59 reféns em posse do Hamas, dos quais Israel suspeita que 35 estejam mortos.

O Hamas atacou o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e capturando 251.

Em resposta, Israel lançou um ataque em grande escala na Faixa de Gaza, matando mais de 48.000 pessoas, na maioria civis, segundo números das autoridades locais controladas pelo Hamas, destruindo a maior parte do enclave palestiniano, que está mergulhado numa grave crise humanitária.

Leia Também: Bombardeamento israelita faz dois mortos a leste da cidade de Gaza

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