A Comissão Eleitoral da Roménia rejeitou este domingo a candidatura do pró-russo Calin Georgescu às eleições presidenciais de maio. O ultranacionalista foi o vencedor das últimas presidenciais romenas que foram anuladas devido a uma alegada interferência russa.
Segundo a imprensa romena, a rejeição foi aprovada por dez dos 14 membros da Comissão Eleitoral. Em causa esteve o incumprimento de determinados aspetos "formais e substantivos".
Georgescu tem agora um período de 24 horas para recorrer da decisão do Tribunal Constitucional, que, por sua vez, tem 48 horas para proferir a sua decisão. Assim, espera-se que na noite de quarta-feira se saiba se Calin Georgescu pode ou não candidatar-se às presidenciais romenas.
O pró-russo ganhou em novembro a primeira volta das eleições presidenciais, com 23% dos votos, contra todas as expectativas, depois de as sondagens lhe atribuírem apenas 6% das intenções de voto.
No entanto, numa decisão rara, o Tribunal Constitucional anulou o processo alguns dias antes da segunda volta, depois de as autoridades terem questionado a própria campanha de Georgescu e alertado para uma alegada interferência russa.
Georgescu, que esta semana viu o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) rejeitar o seu recurso contra a anulação das eleições de novembro, considera-se vítima de um sistema corrupto e espera capitalizar o descontentamento com os partidos mais tradicionais.
As sondagens mostram-no agora como o favorito nas intenções de voto para as eleições de maio.
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