Licença da Chevron? Fim "afeta" repatriamento de venezuelanos dos EUA

A revogação por Washington da licença da petrolífera Chevron na Venezuela "afeta" o repatriamento de migrantes dos Estados Unidos exigido pela Administração de Donald Trump, disse no sábado o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro.

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Lusa
09/03/2025 06:53 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

Os Estados Unidos, que romperam relações com a Venezuela em 2019, repatriaram 366 venezuelanos desde a tomada de posse de Donald Trump.

 

O Presidente venezuelano recebeu um enviado especial do Presidente norte-americano, Richard Grenell, para discutir as expulsões de venezuelanos dos Estados Unidos, repatriamento de prisioneiros norte-americanos e os canais de comunicação.

"Agora temos um pequeno problema porque, com o que eles fizeram, danificaram as comunicações que tínhamos abertas", disse Maduro num evento oficial em que criticou a decisão de Washington terminar a licença da Chevron no país.

"E isso afetou as transferências aéreas que já tínhamos programado para trazer os nossos irmãos e irmãs migrantes até nós e abraçá-los com amor quando chegarem à terra natal".

Os voos de repatriamento acordados foram efetuados pela companhia aérea estatal Conviasa, que está sob sanções e que transportou um primeiro grupo de 190 venezuelanos de El Paso, Texas, e outro grupo de 176 nacionais para as Honduras, a partir da base militar norte-americana de Guantánamo.

De acordo com informações publicadas pelo Wall Street Journal na sexta-feira, o governo venezuelano avisou em privado a Administração Trump de que deixaria de aceitar migrantes na sequência da revogação da licença da Chevron.

Washington não reconhece Nicolas Maduro, no poder desde 2013 e empossado para um terceiro mandato em janeiro, como o presidente legítimo do país sul-americano, sob sanções dos Estados Unidos.

Trump apresentado a revogação da licença da Chevron como uma resposta ao resultado das eleições presidenciais de julho passado, que considerou ilegítimas.

Washington também criticou a Venezuela por não ter implementado os acordos de repatriamento de migrantes ilegais dos Estados Unidos.

A Venezuela produz pouco mais de um milhão de barris de petróleo por dia, dos quais mais de 200 mil barris provinham das operações da Chevron e tinham como destino os Estados Unidos.

O grupo norte-americano era parceiro da companhia petrolífera nacional PDVSA em quatro projetos petrolíferos.

Maduro garantiu que a produção petrolífera não iria diminuir após a saída da Chevron.

Leia Também: Embaixador apela a luso-venezuelanos para lutarem pelos direitos das mulheres

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